quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Para tudo há um limite

Tenho cada vez menos paciência para aturar - sem distinção de género - os enfatuados apoiantes do actual Governo que me entram casa adentro a justificar o injustificável. Ignorando de forma infame a realidade do país com a irresponsabilidade - como um popular dizia há dias na televisão- de quem continua a ter do bom em casa.
Atropelos sistemáticos a direitos elementares, justificações indigentes baseadas em raciocínios primários, sem-vergonhice descarada de quem já não tem a noção do respeito devido ao povo que dizem representar. E pretendem convencer-nos de que o paraíso, por sua mão, está aí, ao dobrar de cada nossa esquina.
Por mais pintura com que o borrem não disfarçam a realidade: o país, Portugal, está de rastos! E os defensores da actual política, executivos ou não, são cúmplices sem perdão da desgraça que nos rodeia.
O respeito, a decência, a dignidade foram atirados às urtigas por estes baronetes que apenas têm o seu futurinho como objectivo. E para isso vão defendendo a realidade de ricos cada vez mais ricos e da sua consequência de cada vez mais pobres.
A lata, a indecência, tem limites. A sua ultrapassagem terá que ter punição exemplar!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ordem dos Arquitectos

João Santa-Rita, presidente da Ordem dos Arquitectos para 2014/2016
Foto iPhone

Tomei hoje e de novo posse para o triénio 2014-2016 como membro do Conselho Nacional de Delegados da Ordem de Arquitectos. Fui eleito na lista do novo Presidente, João Santa-Rita, a quem deixo votos de um mandato que, nesta altura muito difícil para a profissão, possa dar uma maior esperança de exercício profissional.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Gravata preta

Praça do Município, Lisboa, foto de iPhone

Na altura de sair de casa para prestar a homenagem de despedida ao Eusébio, estava na dúvida se deveria levar a gravata vermelha com águias do Benfica desenhada por Álvaro Siza ou a tradicional e respeitosa gravata preta.
Comentei a dúvida com a D.Guida, empregada a dias lá de casa, benfiquista e com família também benfiquista. Recebi a resposta esclarecedora:  o Eusébio não é só do Benfica, é de Portugal inteiro. Deve levar a preta.
Assim fiz.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eusébio: Pantera Negra (1942-2014)

Estou com Alfredo Di Stefano: Eusébio é o melhor jogador de todos os tempos. Na velha Luz, vi-o vezes sem conta a jogar aos domingos e quarta-feiras europeias e desde que começou no Benfica e vi-lhe coisas extraordinárias: golos espantosos, corridas de bola controlada de tirar o folêgo ao mais pintado espectador, passes com precisão milimétrica, remates de tirar da frente o mais corajoso, meneios de corpo de deixar um, dois, três pregados a ver passar. Gritei com ele, aplaudi os seus comemorativos socos no ar, corri com os olhos as suas voltas de oferta e agradecimento. Vi, com ele, do melhor futebol do Mundo. E porque gosto de futebol vi também outros grandes nomes do futebol mundial - a grande, a enorme maioria (senão todos) dos considerados 10 Melhores Jogadores Mundiais. E digo com D. Alfredo: Eusébio é o melhor jogador de todos os tempos.
Que maravilhas me proporcionaste, Eusébio! O que vi de bom futebol e o que, eu e os outros que fazíamos parte da equipa do Colégio Militar paredes-meias a separá-la da tua, tentávamos imitar: é assim qu'ele chuta, dobra o tronco, puxa o pé pró rabo, estica, levanta a perna. E insistíamos até fazermos melhor do que fazíamos. 
Era o tempo do Cinca-qualquer um - marca da vitória de fabrico na Luz. Nunca me esqueço dos dois golos simétricos que aí marcou ao Real de Madrid: iguaizinhos, um de um lado, outro do outro. Bola recebida na zona lateral poucos metros á frente da linha de meio-campo, arranque em velocidade a flectir para dentro e logo um, dois a ficar atrasados, entrada na quina da área, chamada pelo Bettancourt e golo! com a Luz já de pé a festejar. E como festejávamos quando o árbitro assinalava livre próximo do limite da área: gritávamos GOLO! só pelo apito. Um estádio a gritar golo só porque Eusébio ia marcar o livre. A certeza, a confiança no Pantera Negra. No Rei!
Anos antes - em 62 - já o meu pai tinha ido a Amsterdam ver a final europeia - o bilhete ainda andará guardado num fundo de gaveta aqui de casa - e nunca me cansava de lhe pedir para contar as sensações do "ao vivo" para compôr as minhas do ecrã.
Os quatro da Coreia do Norte vi-os num salão cheio de gente e também na televisão a preto-e-branco. Mesmo a levar três, o sentimento é que ainda havia o Eusébio: e houve! E de que maneira. Uma festa!
E quantas festas mais, mesmo de joelhos avariados, sempre a marcar presença e sempre a impôr a sua regra: é preciso querer ganhar! E como ele queria. E como nos ensinava a querer também noutros campos e noutros desportos.
Tive oportunidade de o conhecer e conversar com ele. E pude transmitir-lhe toda a admiração que tinha por ele. Não só como jogador mas como desportista - uma permanente lição de desportivismo - e como ser humano: Eusébio foi - é! - um caso sério do Desporto Mundial. Eusébio é marca incontornável do desporto português, do desporto mundial. Simples, humilde, generoso: sou simplesmente um jogador da bola, deixa-nos uma herança pesada que temos obrigação de garantir passar às novas gerações.
Mantenho-me com D.Alfredo: Eusébio é o melhor jogador de todos os tempos!
E lembro os golos, os remates, os saltos, as corridas, as fintas. E lembro ele próprio. O que eu vi com Eusébio. Um monumento.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Senhor da Pedra

O mau tempo e o Senhor da Pedra de Miramar
Fotografia de Luís Bessa

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Muito competentes…

"Sofremos demais para os resultados que tivemos" 
 José Silva Peneda
Jornal de Negócios
3/JAN/2014

Não há invenções governamentais de indicadores que alterem o resultado final: mau. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Que sorte!

"Apesar da redução dos padrões de bem-estar, a liberdade e os direitos de cidadania não foram postos em causa.", avisou-me o Senhor Presidente da República no primeiro dia do ano. E que grato lhe fico, presumindo - claro - que lhe deverei o facto de não estar reduzido à evidência de uma escravatura de grilhetas e trabalho de sol-a-sol.
Apesar da redução - andamos portanto para trás - temos liberdade e direitos de cidadania, afiança. E quando PR afiança, a malta não dúvida.
Mesmo se a liberdade e os direitos de cidadania de que fala são muito mais para uns do que para outros. Porque para a liberdade das coisas a capacidade financeira conta - conta o minímo financeiro que nos permita tomar decisões. Mas isso são pontos de vista, como argumentarão aqueles que vivem cada vez melhor para que muitos outros vivam cada vez pior.
Senhor Presidente da República, manda o cargo que ocupa por decisão da maioria dos portugueses que saiba olhar a realidade em que vivem, reconhecendo o violento sofrimento dos mais débeis e se mostre capaz de lutar para que haja uma real melhoria das suas condições de vida. Exigindo-o a quem governa... e sem nos entreter com frases de circunstância para tapar a mais que parcial peneira do Governo.

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