sábado, 28 de janeiro de 2012

Em preparação...










domingo, 22 de janeiro de 2012

Estupidez à solta





Numa sentença de Tribunal sobre julgamento de um caso de violação escreveu-se assim:

"agarrar a cabeça (ou os cabelos) de uma mulher, obrigando-a a fazer sexo oral, e empurrá-la contra um sofá para realizar a cópula não constituiram actos susceptíveis de serem enquadrados como violentos" in Semanada de Manuel Falcão no W do Jornal de Negócios, 20/JAN/2012

A pérola e o particular conceito de violência pertence à assinatura de uma juíza-desembargadora, Eduarda Lobo.

Se o enquadramento não é de violência será - pergunto, embora, por mero temor reverencial, sem levantar sequer o dedo - enquadrável numa sofisticada submissão involuntária? Ou só em coisa nenhuma?

Que escola frequentaram? Que livros leram? Que vida percorreram?

Atento estava Cipolla  quando avisava que "o estúpido é o tipo de pessoa mais perigosa que existe". Porque pode surgir onde menos se espera e causa danos arbitrariamente...

Questão de caracter

A joelhada seguida de pisão que o português "merengue" Pepe aplicou a Messi, não tendo qualquer justificação e violando as normas éticas desportivas, lembrou-me um conceito de Heywood Broun (1888-1939), jornalista americano que hoje dá nome a um prémio jornalístico* destinado a reportagens que tenham alterado injustiças. Dizia assim:
"O desporto não constrói o carácter. Revela-o"
O gesto de Pepe revelou o seu carácter - as desculpas que apresentou confirmaram o exposto. A repetição não ajuda e a fotografia ficou péssima.
*Heywood Brown Award patrocinado pelo The Newspaper Guild

sábado, 21 de janeiro de 2012

Acordo para o cair do pano






O fio por cima da estátua do Camões já lá está e só encontro uma explicação: fazer cair o pano sobre a língua portuguesa.

Que outra coisa poderia ser em tempos de imposição do Acordo Ortográfico?

Acordo?! que vantagens temos na sua utilização? O que ganhamos - para além da confusão - com o assunto? Qual é o interesse? Entendermo-nos pior?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Melhor Entusiasmo 2011






Entusiasmados com a própria importância, a bifelândia do Londres 2012 estendeu-se ao comprido.

Tudo tão formidável, tudo tão sustentável, tudo tão... que até julgaram ter esticado os lugares disponíveis e dobraram um estádio, multiplicando por dois - de dez mil para vinte mil - a venda dos bilhetes para algumas sessões da Natação Sincronizada.

Grande Festa!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Melhor Profecia 2011


Charters de chineses!

Paulo Futre - enorme jogador de futebol - foi o profeta do ano. Avisou da chegada de charters de chineses.

Acertou de tal maneira que hoje já comandam a Electricidade (ex) de Portugal.

[lembro sempre, no gabinete de um dos seus fundadores e segundo presidente - meu Pai - de dois mapas que mostravam a diferença entre a cobertura eléctrica de Portugal, antes e depois. Antes, da responsabilidade dos privados; depois, da responsabilidade da empresa nacionalizada - num uns risquitos, noutro uma mancha, a marcar a diferença entre o interesse e o direito. Sei que, porque a enorme aposta era a de garantir electricidade a todos, não iria gostar deste pretendido - dos muitos prestados - último serviço à República.]

Inteligente, vivo, com excelente sentido de humor, Futre marca golos, agora de graça - passe a suposição da factura de algumas...

Futre a continuar assim, continuará também a encher-nos com a alegria que os adeptos tinham no estádio de tanto jogo... e os charters de chineses continuarão a vir com vistas para a Europa. Enorme profecia!

Melhor Musical 2011

Álvaro Siza canta Beatles


Siza sings from últimas reportagens on Vimeo.

Film by Fernando Guerra

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Melhor prémio 2011

Se houve prémio bem atribuído no ano de 2011 esse foi o Prémio Pessoa a Eduardo Lourenço.

Erudito de grande cultura – enorme capacidade para articular coisas aparentemente distintas – humanista, conhecedor como ninguém de Portugal – dos seus mitos, das suas profundezas – Eduardo Lourenço é ainda a nossa maior referência para quem quer conhecer Pessoa e a sua obra.

Melhor decisão não poderia haver: Pessoa a quem é de Pessoa!

Para além de tudo o mais, Eduardo Lourenço tem um notável sentido de humor. O que faz dele um intelectual próximo de qualquer humano. Juntos, podemos sempre rir, aliviando as tensões que a proximidade com a sabedoria sempre cria.

Há anos, dias antes do Mundial de Itália em futebol, encontrámo-nos num congresso em Nápoles. Em dia mais maçador propôs-me : e se fossemos apanhar um barco até Capri e dessemos uma volta pela ilha? Melhor acordo não poderia ter e lá fomos a caminho da travessia.

O mar estava picadito, o barco bamboleava e viemos para o convés para apanhar ar. Já enjoado como uma pescada, encostado à amurada, chamando pelo gregório, olha-me e, pesaroso, lança-me: e sou eu filho de um país de marinheiros …

[como também gosto de lembrar - para que haja uma noção mais clara da amplitude da dimensão da formação colegial – Eduardo Lourenço é, como eu, antigo aluno do Colégio Militar.]

Disse equidade?

Um mal nunca vem só - sendo Portugal o país mais desigual da Europa é também* o país europeu, entre os mais afectados pela crise, onde as políticas aplicadas de 2009 a 2011 mais prejuízos criaram aos mais pobres. Na ordem da perda de 9% do seu rendimento disponível contra os meros 3% de perda dos mais ricos. Somos formidáveis...a equidade é uma treta e os pobres que paguem a crise.
*The distributional efects of austerity measures: a comparasion of six EU countries, Comisão Europeia

domingo, 1 de janeiro de 2012

2012: Boas Entradas




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